RUDIS
Africanus estava frente a frente com "O Gigante da Colina", um celta invicto na arena máxima de Pompéia e que se apresentava como inimigo final de um grande torneio. Apenas Africanus e o gigante ficaram de pé no final e com um golpe mortal de seu tridente, Africanus se ergue vitorioso enquanto a multidão gritava seu nome em coro.
Da tribuna de honra descia o senador Marcelus e seu guarda costas Vegetius. Vegetius é um militar a serviço do grande Marcus Crassus, o homem mais rico de Roma. Como os tempos eram de "pax", os soldados de Crassus serviam a todo tipo de propósito desde que fosse para honra e glória de Roma. Vegetius então liderava dez soldados para fazer a proteção do senador Marcelus, que gostava dos jogos sangrentos. Era ele o editor daquela vulcanália, festival de gladiadores que sempre tinha um patrocinador. Neste ano o ilustre investidor era o senador de Roma, Caius Marcelus, de fama ordeira e honesta, um verdadeiro romano. Ele desce da tribuna acompanhado de Vegetius e entrega a famosa espada de madeira "rudis" ao vitorioso gladiador.
No dia seguinte, Africanus se despede de seus irmãos de ludus e parte para a villae de Marcelus para assinar seus papéis de soltura, que lhe liberavam dos laços da servidão. Dentro da casa do nobre senador também estava presente Vegetius que, ele mesmo, trazia os papirus. Africanus era um homem livre. Naquela mesma sala, porém, algo inusitado ocorreu. O senador Marcelus recebe a visita do Legatus de Roma Gaius Glaber, que trazia uma sorte de escravos das tropas auxiliares desertores para serem entregues de presente para um lanista da região de Cápua. Entre os escravos estava ninguém menos do que aquele seria reconhecido no mundo todo como símbolo de liberdade: Espártaco.
PONTUAÇÃO
Sessão sem pontuação
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